Montadoras descartam acelerar produção para atender locadoras.

São Paulo – Os cerca de 150 mil veículos que o presidente da Abla, Paulo Miguel Júnior, disse que as locadoras encomendaram às montadoras e estão atrasados serão, sim, entregues, mas no ritmo que as linhas de montagem conseguirem atender. Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, descartou aceleração das linhas para cumprir essa demanda. Segundo ele a dificuldade faz parte do negócio."No segundo trimestre nós tínhamos carros disponíveis e eles não estavam comprando. A vida é assim. Agora o setor está retomando a produção e as locadoras serão atendidas, mas não no prazo que elas gostariam, até porque não tem como entregar 150 mil a 200 mil carros de um mês para o outro. A nossa cadeia é longa e precisa de um planejamento maior".Da mesma forma que o setor automotivo teve problemas durante a pandemia o de locação também sofreu e, segundo Moraes, vendeu cerca de 100 mil veículos seminovos.Em outubro foram emplacados 215 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o melhor mês do ano, com crescimento de 3,5% ante setembro. Com relação ao mesmo período de 2019 houve queda de 15,1% e o resultado foi o pior desde outubro de 2017. A média diária de vendas foi de 10,2 mil unidades, contra 11 mil em outubro de 2019.
No acumulado do ano o setor somou 1 milhão 589 mil vendas, recuo de 30,4% sobre 2019 – e seguindo bem próximo da projeção da Anfavea, que espera uma queda de 31% até dezembro. Os estoques das montadoras são de 132 mil unidades, suficientes para atender dezoito dias úteis de vendas. O volume é considerado equilibrado por Moraes para o momento atual do mercado: "Durante a pandemia o grande problema foi o fluxo de caixa, as montadoras tinham muitos carros e componentes em estoque e isso afetou as contas. Agora a produção está acompanhando bem de perto o ritmo do mercado para que não tenha dinheiro parado em estoque".Foto: Freepik.
Editorial, 12.NOVEMBRO.2020 | Postado em Geral


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